terça-feira, outubro 8, 2024

Projeto de macrodrenagem será aplicado em Santa Catarina

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O maior projeto de macrodrenagem do Brasil está em Santa Catarina e será aplicado no empreendimento imobiliário Reserva Royal em uma área de 4,3 milhões de m², localizada nos municípios de Tijucas e Porto Belo. O projeto foi elaborado pela Geasa Engenharia, empresa especializada em manejo de águas, que foi contratada pela Verde & Azul Urbanismo.

O projeto de macrodrenagem do Reserva Royal privilegia o caminho da água, utilizando um conceito chamado “soluções baseadas na natureza”, deixando a água passar por onde já passava e ocupando outros locais do futuro empreendimento. “É um projeto que vai trazer muita água superficial, passando por jardins, para só depois fazer a tradicional drenagem”, adianta a diretora da Geasa Engenharia, Beatriz Codas, mestre em Saneamento e especialista em Infraestrutura Verde aplicada ao manejo de água da chuva.

O projeto conta com diversas estratégias ao longo de todo o desenho urbano, garantindo sustentabilidade, com a manutenção do ciclo hidrológico, e ao mesmo tempo, resiliência, para suportar enchentes ou secas e calor extremo. Tudo isso para assegurar conforto e segurança para os futuros moradores. “O projeto foi elaborado a partir de uma visão de futuro, devido às mudanças climáticas, e de um histórico recorrente de chuvas, levando em conta questões como relevo e a presença do Rio Santa Luzia, que corta a área do empreendimento”, afirma o empresário Rudi Bayer.

A água é o pivô importante do projeto. Por isso, inicialmente, foi realizada uma análise sobre o impacto do empreendimento no ciclo hidrológico da localidade. A partir desse levantamento, a Geasa planejou como utilizar a implantação do empreendimento para amenizar o problema de escoamento da água das chuvas da cidade, achando uma solução inteligente e sustentável.

O coração do projeto é um superlago e um parque, que formam a base dessa chamada Infraestrutura Verde. “Na verdade, a macrodrenagem é o conciliamento de soluções superficiais, subterrâneas, verticais e até de elevação mecânica. Agregadas, elas farão uma melhoria final”, destaca a engenheira da Verde & Azul Urbanismo, Franciele Figueiredo dos Santos Zaremski.

Outro ponto do projeto é a ocupação de uma Área de Preservação Permanente (APP), que margeia do Rio Santa Luzia, para transformação em parque. O projeto prevê a preservação de 100 metros de área da margem do rio, totalizando 200 mil m² de área preservada ao longo de dois quilômetros de extensão.

Formado por um conjunto de estratégias, o projeto também pressupõe sempre a utilização de plantas nativas, pois um dos objetivos dessas soluções é a manutenção a biodiversidade. Lançado em março de 2013, o Reserva Royal está em fase de implantação com obras de terraplanagem de uma área inicial de 400 mil metros quadrados.

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