sábado, julho 27, 2024

UNICEF e Embaixada do Japão reúnem empresas para debater ESG e saúde infanto-juvenil

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Parcerias entre o setor público e o privado desempenham um papel importante para enfrentar os desafios em garantir o direito à saúde de crianças e adolescentes do Brasil. Pensando nisso, o UNICEF e a Embaixada do Japão no Brasil promoveram, nesta terça-feira (28), no Japan House, em São Paulo, o seminário “Acelerando resultados para a saúde infanto-juvenil”, conectando representantes de empresas japonesas e brasileiras, governos e organizações em uma discussão sobre como a cooperação entre setores pode ajudar a beneficiar crianças e suas famílias.

O evento discutiu, ainda, como o ESG pode resultar em parcerias e estratégias que apoiem a promoção da saúde de crianças e adolescentes no País. Participaram do encontro o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi; o representante do UNICEF no Brasil, Youssouf Abdel-Jelil; o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa no Brasil, Yuki Kodera e o presidente da Takeda no Brasil, José Manuel Caamaño Iglesias.

A abertura do seminário foi feita pelo Embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, que falou sobre a importância de empresas e governos trabalharem em conjunto. “Essa conexão entre o setor público e privado produz resultados transformadores para crianças e jovens. Nós queremos promover ainda mais essa cooperação, em especial em áreas como saúde e educação, fortalecendo o relacionamento histórico entre Brasil e Japão”, afirmou.

Em seguida, o representante do UNICEF no Brasil, Youssouf Abdel-Jelil, destacou a importância destas parcerias para a garantia de direitos de meninas e meninos. “Não será possível alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável sem a tecnologia, a inovação e os recursos que o setor privado pode agregar. E o UNICEF acredita na força da colaboração entre empresas, governos e organizações para garantir os direitos das crianças e adolescentes no Brasil e em todo o mundo, no marco da Agenda 2030”, disse.

A representante adjunta do UNICEF no Brasil, Denise Stuckenbruck, falou sobre os esforços empreendidos pelo UNICEF para promover iniciativas de saúde digital que garantam o bem-estar de crianças e adolescentes. “Nosso enfoque é usar as tecnologias digitais para alcançar as meninas e meninos mais vulneráveis e garantir a equidade na realização de direitos”, disse ela. “Iniciativas como o Busca Ativa Vacinal e o Pode Falar, por exemplo, são fruto de parcerias do UNICEF com o poder público e privado, em um claro exemplo do potencial dessas conexões para que crianças e adolescentes possam sobreviver e prosperar”, acrescentou.

Na ocasião, também foram compartilhadas experiências de cooperação já existentes. O presidente da Takeda no Brasil, José Manuel Caamaño Iglesias, apresentou os resultados da parceria com o UNICEF para as frentes de saneamento, mudanças climáticas e saúde. “Nossa parceria nasceu de uma convergência entre valores compartilhados e um compromisso conjunto com a sociedade brasileira. A Takeda quer deixar um legado duradouro no País, e sabemos que as parcerias entre governos e empresas são a melhor forma de gerar impacto longevo para crianças e adolescentes”, afirmou.

Parcerias em prol da saúde

Após as apresentações, foi dado início a um painel sobre desafios e oportunidades para parcerias em prol da saúde digital – em especial, em iniciativas que impactem positivamente a infância e adolescência. Desse momento, participaram o chefe de Mobilização de Recursos e Parcerias no UNICEF, Francisco Javier Martos Mota; a coordenadora geral de Monitoramento e Avaliação na Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Inês da Costa; o representante chefe do escritório do JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão) no Brasil, Akihiro Miyazaki e o diretor de Inovação e Novos Negócios da NEC na América Latina, Cristiano Blanez.

Na ocasião, Cristiano Blanez afirmou que o setor privado busca apoiar ações de impacto social que se conectem com seus objetivos de negócio. “Nosso desafio é encontrar projetos sustentáveis que possam contribuir com nosso desejo de desenvolver e aprimorar novas tecnologias. No Brasil, por exemplo, a NEC está atuando junto a governos para promover a identificação biométrica de crianças desde o nascimento e apoiar, assim, o acesso delas a políticas públicas”, contou.

Já Inês da Costa, representando o Ministério da Saúde, explicou que a saúde digital é um pilar essencial para a atenção básica em saúde prestada a crianças e suas famílias. “A informatização de sistemas, por exemplo, nos ajuda a identificar e visibilizar as populações mais vulneráveis, como mulheres, crianças, pessoas negras e pessoas LGBTIQA+. Mas, além disso, é preciso envolver essas pessoas não só na oferta dos serviços e tecnologias em saúde, como também em sua construção”, ressaltou.

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