Em edição mais recente do relatório de Status Global para Edificações e Construção, publicado pelo Programa para o Meio Ambiente da ONU (PNUMA), publicado em março de 2024, o setor da construção civil foi apontado como o responsável por cerca de 21% das emissões globais de gases de efeito estufa. Em 2022, os edifícios foram responsáveis por 34% da demanda global de energia e por 37% das emissões de CO2, relacionadas com a energia e processos, tornando-os um setor crítico para alcançar os nossos objetivos climáticos globais.
Especificamente no Brasil, segundo a Setec, Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Governo Brasileiro, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) do setor de construção e edificações correspondem a 6% das emissões nacionais, totalizando cerca de 139 milhões de toneladas de CO2 anualmente.
Por isso, a sustentabilidade no setor da construção civil é uma tendência crescente para contribuir para a mitigação das mudanças climáticas em todo o mundo. O estudo do PNUMA destaca alguns dos esforços internacionais para o setor, como o Buildings Breakthrough, lançado na COP28, com o objetivo de praticamente zerar as emissões de GEE e tornar os edifícios resilientes, estabelecendo uma nova norma até 2030.
Na região brasileira, o nicho de construção verde está em expansão, com um aumento de 40% em construções residenciais verdes em 2023. Escritórios, varejo, armazéns e distribuição e manufatura industrial também estão entre os principais tipos de edificações que mais possuem certificações de construção verde no país. No início de 2024, o Brasil já certificou 20 construções sustentáveis. Através de design, construção e operações sustentáveis, os edifícios verdes reduzem as emissões de carbono, a utilização de energia e a produção de resíduos, conserva água, dá prioridade a materiais mais seguros e reduz a nossa exposição a toxinas.