quinta-feira, dezembro 5, 2024

Especialista explica por que o feminino é tão relevante em um mundo orientado pelo ESG

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O termo ESG está carregado de significados e atitudes que serão sentidos não só no dia a dia corporativo como no fluxo de caixa e na reputação das empresas em um futuro cada vez mais presente. É isso que explica a fundadora do Instituto Mulheres do Imobiliário, e autora das obras “Proprietárias” e “Degrau Quebrado”, Elisa Rosenthal.

“Justificar uma maior presença de mulheres em cargos de liderança pela lucratividade não é assunto novo”, explica Elisa. O estudo sobre mulheres no local de trabalho conduzido pela consultoria McKinsey & Company, mostra que as mulheres ocupam cerca de 1 em cada 4 cargos de diretoria, e as mulheres de cor apenas 1 em cada 16.

Conforme dados da Fundação Getúlio Vargas, as mulheres ocupam em média 11,5% dos assentos em conselhos de administração de empresas brasileiras de capital aberto, contra 20,6% da média mundial, é importante entender como a presença de mulheres na liderança, seja na diretoria e/ou no board, pode beneficiar os resultados em ESG das empresas.

“O ESG vai impactar a dinâmica corporativa e incorporar, no dia a dia, ações que vão muito além da lucratividade. É a atitude sendo valorizada, ao lado dos cifrões”, aponta a especialista.

A relevância do papel feminino na nova etapa do universo corporativo

Quem não se adaptar será substituído, como evidenciaram os prognósticos da principal empresa de dados para o mercado financeiro, a Bloomberg, que anunciou no último ano o mais recente índice de igualdade de gênero, o Gender Equality Index (GEI), seguindo a esteira de movimentações do mercado por transparência de informações relacionadas à governança socioambiental.

Elisa Rosenthal conta como serão as tendências desse novo universo corporativo. “O ‘mercado por elas’ vai obrigar os setores a pensarem de forma mais flexível, afinal, nós entendemos de jornada híbrida. O trabalho remoto vem sendo praticado pelas mulheres há décadas, seja de dentro das empresas, gerindo e administrando os lares, seja de dentro de casa, organizando as múltiplas atividades invisibilizadas e não remuneradas”.

Em sua rede social, o escritor e palestrante Simon Sinek, conhecido pelo seu best-seller “Comece pelo Porquê” (“Start With Why”), compartilhou um vídeo cujo título é “As empresas não existem para ganhar dinheiro” (Businesses Do Not Exist to Make Money), no qual ele explica, por meio de um gráfico rabiscado em seu famoso flip chart, o caminho que percorremos para atingirmos os resultados.

De forma bem clara, Sinek mostra a diferença daqueles que entregam resultados custe o que custar e daqueles que chegam muito perto de atingir as metas, no entanto, constroem uma jornada sustentável e deixam um legado consistente e alinhado com propósitos e valores sociais, ambientais e de governança – ESG.

“Reforço também por aqui meu posicionamento junto a essa visão, de que não precisamos mais discutir se é necessário garantir a voz de lideranças femininas, assim como de demais grupos sub-representados. A pergunta é: como cada organização irá escolher fazer sua caminhada evolutiva e aprender novos princípios e práticas?”, finaliza Elisa.

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