segunda-feira, maio 6, 2024

Segundo MIT, setor de energia brasileiro possui menor índice de inovação em comparação aos demais

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De acordo com dados da mais recente Innovative Workplaces Brasil, pesquisa anual realizada pela MIT Technology Review, que elege anualmente as empresas mais inovadoras do nosso país, o segmento de empresas brasileiras ligadas à energia é o que possui o menor índice de inovação em comparação a média geral. De uma nota que varia entre 0 a 5, as corporações do setor alcançaram uma 4,08 ante 4,14 de média das demais. A única nota maior que o setor obteve foi no quesito relacionado à gestão e cultura. (4,41) 

Para chegar aos resultados, a pesquisa analisou sete perspectivas da capacidade inovativa das corporações, que são: gestão; produtos/serviços; marketing/vendas; processos; diversidade; data decisioning e open innovation. As 20 empresas mais inovadoras recebem o selo Innovative Workplaces Brasil, que é a chancela da MIT Technology Review Brasil para as empresas mais inovadoras do país. Já ganharam esta chancela corporações como Hospital Albert Einstein, iFood, Lojas Renner, Vibra Energy, entre outros.

Para André MicelliCEO da MIT Technology Review Brasil, existem alguns fatores para o setor ter recebido esse baixo índice. “O que percebemos é que ainda não se conseguiu institucionalizar a inovação no segmento. Primeiro porque são iniciativas que possuem necessidade de investimento muito alto e, em segundo, porque quem pesquisa está associado a academia e universidades, um setor que geralmente possui um distanciamento muito grande do mercado”, comenta.

Confira as demais notas:

Geral4,084,14
Gestão e cultura4,414,38
Processos3,823,86
Marketing e vendas4,094,23
Produtos e serviços4,054,25
Diversidade4,084,19
Data decisioning3,973,98
Open Innovation4,154,11

Apesar desse cenário, o Brasil foi o terceiro país no mundo que mais atraiu investimentos em energias renováveis em 2023. Totalizando mais de US$25 bilhões, segundo dados do relatório Energy Transition Investment Trends 2024, ficando atrás apenas de China e Estados Unidos no ranking.

De acordo com o CEO da MIT Tech Review Brasil, apesar de existirem grandes corporações que possuem áreas destinadas exclusivamente a novas tecnologias, a maioria ainda usa inovações que são desenvolvidas em outros países, e focam na busca de modelos que ajudem a modificar apenas o seu processo de comercialização e venda e não a forma de gerar energia.

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