A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE premiou três dos 50 projetos participantes do seu primeiro Hackathon para o público externo. A ação, criada para promover a inovação e a tecnologia no setor elétrico brasileiro, teve como foco soluções para apoiar a expansão do mercado livre de energia, ambiente em que o consumidor pode escolher de quem quer comprar a sua eletricidade e negociar condições de contratos.
O primeiro lugar ficou com a Floripa Bit, que apresentou uma plataforma web e mobile para auxiliar na migração dos novos consumidores ao segmento livre. A proposta prevê a integração do cliente, da comercializadora varejista e da CCEE via comunicação direta entre sistemas (APIs).
“Nosso time construiu um modelo de negócio que atende as distribuidoras sem nenhum custo, pensando também em atrair as comercializadoras”, destaca Débora Sanches, engenheira elétrica que representou a startup de Florianópolis. Ela levou o prêmio de R$ 10 mil, além de mentorias com equipes da CCEE para aprimoramento do projeto.
A Way 2 levou o segundo lugar, com um programa virtual que permite envio, edição e análise de dados cadastrais e de medição dos consumidores para distribuidoras e varejistas. Em terceiro, a Navarra Technologies, propôs um sistema operacional voltado para automatização da gestão de informações nos processos de migração. Eles receberam, respectivamente, R$ 6 mil e R$ 4 mil como prêmio, bem como as mentorias com a Câmara de Comercialização.
O Hackaton CCEE tem como objetivo potencializar empresas e startups ligadas à programação, design e desenvolvimento de software. Contou com representantes de todas as regiões do país. Leonardo Cruz, Head de Inovação da Câmara, destaca que o evento criou um ambiente para troca de conhecimento e exploração em um momento bastante oportuno para o mercado energético.
“A inovação aberta provocada pela CCEE tem o intuito de desenvolver um ecossistema integrado que viabilize a modernização do ambiente de comercialização de energia elétrica no país, que gere oportunidades de negócio e que, consequentemente, impacte positivamente o consumidor”, diz Cruz.