O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Prefeitura de Curitiba deram início, nesta quarta-feira, 10, ao projeto que prevê a modernização das linhas de ônibus, com eficiência energética e descarbonização da frota. A meta é alcançar um percentual de 33% de ônibus elétricos até 2030 e ter toda a frota eletrificada até 2050, zerando as emissões de CO2.
A partida do projeto estruturado pelo BNDES foi uma reunião realizada no Parque Barigui, que contou com a presença da superintendente da Área de Soluções para Cidades do Banco, Luciene Machado, do prefeito, Rafael Greca, e de representantes do consórcio Oficina-Gpo-Rhein-Addax, contratado pelo Banco para estruturar o projeto de concessão para prestação de serviços de transporte público coletivo da capital paranaense.
O projeto, o primeiro realizado pelo Banco para eletromobilidade, também vai estruturar a implementação de concessão ou parceria público privada (PPP) da Urbanização de Curitiba S.A – URBS com a iniciativa privada. A atual concessão do sistema de transportes coletivos de Curitiba, que conta com três consórcios, formados por dez empresas privadas, foi realizada em 2010 e vence em setembro de 2025.
“Com a proximidade do fim do prazo de vigência dos atuais contratos de concessão, a cidade de Curitiba tem uma grande oportunidade de reformular o sistema de mobilidade urbana como um todo, permitindo a implementação de um modelo de concessão que promova o aumento da eficiência energética, a descarbonização da frota e a atração de novos usuários, pessoas que hoje utilizam transporte motorizado individual. São objetivos alinhados à estratégia do Banco de incentivar projetos que visem à transição climática”, explicou o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa.
“A Prefeitura de Curitiba e o BNDES dão início aos trabalhos de formatação do novo modelo de concessão de transporte coletivo que promete ser um marco em sustentabilidade para o setor no Brasil. Vamos garantir que Curitiba adote a eletromobilidade plena em seus ônibus, a integração metropolitana e a modernização do serviço à população”, afirma o prefeito Rafael Greca.
Com o novo modelo de concessão, a cidade de Curitiba espera aumentar os deslocamentos feitos por transporte coletivo e mobilidade ativa dos atuais 51% para 85%, e reduzir de 45,8% para 7% os deslocamentos feitos por veículos individuais, metas que se alinham o Plano de Mobilidade Sustentável da Cidade.
A previsão é que a entrega dos estudos para a nova modelagem e para a concessão ocorra no primeiro trimestre do próximo ano, com a realização de consulta e audiência pública e publicação do edital de leilão até junho de 2025. Já o leilão deve ocorrer até setembro do mesmo ano.