Desde 2007, a IFC, órgão internacional ligado ao Banco Mundial, conta com a chamada “Lista de Exclusão”, que traz empresas ou indivíduos que foram considerados inelegíveis para receber financiamento ou assistência técnica devido a práticas que violam suas políticas e padrões de conduta. As razões para estar entre elas variam, mas geralmente incluem práticas como corrupção, fraude, suborno, violações de direitos humanos ou danos ambientais graves.
Atualmente, as práticas relacionadas ao meio ambiente, social e governança têm se destacado como fator crucial para as empresas que buscam atrair investimentos. De acordo com a pesquisa da Ernest & Young, “Global Reporting and Institutional Investor Survey”, 99% dos investidores utilizam as divulgações das empresas sobre ESG como parte de suas decisões de investimento. Mais de sete a cada dez, ainda segundo o estudo, adotam abordagem ESG rigorosa e estruturada
Nesse contexto, é esperado que serviços alinhados com boas práticas ambientais continuem em alta entre as companhias. Para a Arklok, uma das maiores empresas de infraestrutura de TI do Brasil, esse tipo de serviço emerge enquanto um potencial aliado para startups que buscam aderir a essa agenda sem comprometer seus recursos.
Diferencial Competitivo
A adoção de práticas sustentáveis pode ser um diferencial competitivo para empresas de todos os tamanhos, unindo boa reputação com redução de despesas. De acordo com o estudo Responsible Investing in Tech and Venture Capital, da Harvard Kennedy School, companhias com um bom desempenho em métricas ESG possuem um melhor desempenho financeiro.
Porém, no caso de startups, seguir a agenda ESG pode ser algo desafiador, já que essas empresas tendem a contar com um orçamento limitado, conforme explica Andrea Rivetti, presidente da Arklok.
“A sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa não são apenas tendências passageiras, são pilares fundamentais para o sucesso a longo prazo de qualquer empresa. Para as startups, adotar medidas de ESG pode ser um desafio, especialmente quando se trata de alocação de recursos. É aqui que o outsourcing de TI entra em cena, oferecendo soluções eficientes, escaláveis e econômicas”.
Contribuições do outsourcing na agenda ESG
Em um primeiro momento, ao terceirizar suas operações de TI, startups podem fortalecer significativamente sua governança de dados e segurança da informação. Empresas especializadas oferecem expertise valiosa e equipes experientes na área, o que pode ser difícil de manter internamente, especialmente para companhias com recursos limitados.
Outro ponto importante é a gestão de acessos e identidades, garantindo que apenas usuários autorizados tenham acesso a dados e sistemas específicos. Isso é crucial para proteger informações sensíveis contra acessos não autorizados. Adicionalmente, essas empresas podem oferecer treinamento e conscientização em segurança da informação para os funcionários, promovendo uma cultura de segurança e reduzindo o risco de violações de dados causadas por erros humanos.
Além disso, ao optar pelo outsourcing de TI, as startups podem melhorar significativamente a eficiência energética de suas operações. Isso ocorre porque as empresas de outsourcing geralmente mantêm infraestruturas tecnológicas otimizadas para consumir menos energia.
“Data centers, por exemplo, são grandes consumidores de energia. Empresas como a Arklok frequentemente investem em tecnologias e práticas que minimizam o consumo de energia nesses locais. Além disso, ao terceirizar, as startups podem se beneficiar do compartilhamento de recursos, o que aumenta a eficiência geral”, comenta a presidente.
O problema dos resíduos eletrônicos
De acordo com pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU), 97% do lixo eletrônico da América Latina não é descartado de forma sustentável. O relatório ainda aponta que o lixo eletrônico nos 13 países avaliados cresceu 49% em dez anos, sendo que, somente em 2019, o volume atingiu a marca de 1,3 megatoneladas.
Ao adotar o outsourcing de TI, as startups podem contribuir significativamente para a redução de resíduos eletrônicos. Empresas de outsourcing de TI são especializadas em gerenciar o ciclo de vida completo dos equipamentos, incluindo a disposição adequada de dispositivos eletrônicos obsoletos.
Aparelhos que não podem mais ser utilizados são desmontados e os materiais recicláveis são separados e encaminhados para reciclagem. Componentes ainda funcionais podem ser reutilizados em outros dispositivos ou vendidos para mercado secundário. Ao adotar o outsourcing, as startups evitam a acumulação de equipamentos eletrônicos obsoletos em seus próprios locais, o que pode ser um desafio para empresas sem os recursos ou expertise necessários para lidar com o descarte adequado.
Por fim, ao adotar o outsourcing de TI, as startups podem escalar seus fundos conforme necessário, evitando desperdícios e otimizando os recursos de acordo com as demandas do negócio. Essa escalabilidade é particularmente valiosa, já que frequentemente elas experimentam flutuações na demanda por recursos de TI à medida que crescem ou enfrentam mudanças nas condições de mercado.
“Além dos benefícios reputacionais e de sustentabilidade, a adesão a práticas de ESG pode ser um fator determinante para o crescimento e sucesso a longo prazo das startups. Garantir maior escalabilidade para o ecossistema empresarial brasileiro, além de fomentar boas práticas ambientais é imprescindível para construir um futuro mais promissor para o Brasil”, conclui Andrea Rivetti, presidente da Arklok.