terça-feira, outubro 8, 2024

Mercado Livre de Energia se torna opção atrativa para empresários após aumento de 6,6% no consumo de energia elétrica no Brasil

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O Mercado Livre de Energia é um setor em crescimento no Brasil e, desde janeiro deste ano, empresas que utilizam alta tensão (grupo A), como indústrias e comércios de grande porte, que necessitam de voltagem acima de 2,3 quilovolts (kV), podem aderir ao mercado livre. Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), este mercado responde por 30% da energia consumida no país.

Outro exemplo é que em janeiro, o consumo de energia elétrica no Brasil registrou um aumento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento impulsionou ainda mais o Mercado Livre de Energia, registrando um aumento de 5% em comparação a 2023. Essas informações são do Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Mas afinal, quais as vantagens do Mercado Livre de Energia para as empresas?

O CEO da Spirit Energia, empresa especializada em assessoria de consumidores no mercado livre de energia, Uberto Sprung, explica que um dos benefícios do segmento é ser um ambiente onde os vendedores e os compradores podem negociar energia elétrica voluntariamente. “Isso quer dizer que os consumidores conseguem escolher e contratar seus fornecedores de energia elétrica”, diz.

Além disso, ele ressalta que este é um sistema oposto ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR), em que o consumidor é obrigado a comprar energia da distribuidora atuante na cidade em que a empresa está localizada. “Para as empresas, essa migração significa uma mudança na forma de gerenciar os custos da empresa com a energia elétrica, ou seja, é mais liberdade para o empresário, que vai poder escolher de qual empresa ele quer comprar a energia que vai abastecer o seu negócio”, salienta.

Entretanto, o CEO da Spirit Energia destaca que os clientes que desejam aderir ao mercado livre de energia precisam ter atenção, pois vão precisar passar por uma migração. “Essa migração inclui etapas como análise de viabilidade, em que analisamos a economia real e o produto que melhor se encaixa para o cliente e suas necessidades”.

Além disso, o cliente terá a responsabilidade de comprar e gerir a energia, assumindo o risco de negociar em um mercado que tem regras e procedimentos específicos. “Se a pessoa comprar menos energia do que precisa, pode sofrer uma penalidade. O que também pode acontecer é ela precisar compensar a energia que faltou, comprando no mercado de curto prazo e ficando exposta a preços mais altos. Porém, se o empresário gerir a compra de energia de forma correta, a economia tende a ser recompensadora, chegando a até 30% da conta”, finaliza.

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