quinta-feira, novembro 14, 2024

Marco do Saneamento: Uso de sistemas compactos e descentralizados ajudam no cumprimento das metas

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Os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) revelam que, embora 84% dos brasileiros tenham acesso à água, apenas 56% estão conectados à rede de esgoto e 45% têm seu esgoto tratado antes de devolvido ao meio ambiente. Essa disparidade reflete os desafios que o Brasil enfrenta no setor de saneamento básico, especialmente diante da urgência em atender às metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento. Uma estratégia promissora para superar esses desafios é a adoção de sistemas de tratamento de esgoto mais compactos e descentralizados, que possam tratar o esgoto em local próximo de sua geração, contribuindo assim para uma melhor cobertura e eficiência do serviço.

De acordo com Sibylle Muller, CEO da NeoAcqua, é de extrema importância buscar soluções que permitam atender com baixo custo e eficiência  os desafios do saneamento: “Os sistemas descentralizados podem atender populações de pequeno e médio porte, são fabricados em plástico reforçado com fibra de vidro, de grande durabilidade e, instalados perto dos locais de geração do esgoto, evitam a necessidade de extensas redes de coleta e estações elevatórias para levar o esgoto até as estações de tratamento centralizadas, às vezes, distantes”, explica.

A aplicação de sistemas compactos e descentralizados acompanha a tendência da industrialização da construção civil por meio de sistemas projetados e montados em fábrica, com simples e rápida instalação  in loco. A simplicidade e agilidade de instalação em campo, aliadas a investimentos relativamente baixos e boa eficiência contribuem para o cumprimento das metas do Marco do Saneamento.  Com isso, ao longo do tempo, com o aumento das estações descentralizadas, será possível avançar na cobertura de atendimento à população, promovendo melhorias significativas no saneamento básico em todo o país.

Além disso, o avanço na implementação desses sistemas tem um impacto direto no bem-estar e na saúde pública dos brasileiros. À medida que as metas do Marco do Saneamento são alcançadas, há uma redução na contaminação por águas não tratadas, promovendo um ambiente mais saudável e seguro para todos os cidadãos.

“No entanto, os desafios para implementar esses sistemas não devem ser subestimados, especialmente no que diz respeito aos investimentos necessários. Superar esses desafios requer um compromisso contínuo com recursos financeiros e estratégias eficientes de gestão”, finaliza Sibylle.

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