As recentes mudanças climáticas extremas trouxeram a necessidade de buscar soluções de monitoramento e alerta de eventos críticos para prevenir catástrofes que podem gerar mortes e perdas materiais. Visando atender a essas necessidades, a Geopixel, uma empresa de São José dos Campos, interior do estado de São Paulo, que há 16 anos atua no fornecimento de soluções de geointeligência para prefeituras e oferece produtos e serviços para a gestão urbana, criou uma plataforma de monitoramento que antecipa os riscos e dispara alertas para a defesa civil e outros órgãos governamentais.
O sistema Geopixel Monitor realiza a coleta de dados de previsão e observação de chuvas, análises e emite alertas em tempo real, para subsidiar a tomada de decisão pela Prefeitura e Defesa Civil. Ele trabalha coletando e cruzando dados de modelos de previsão de chuvas, de diversos satélites, radares meteorológicos, além da rede de pluviômetros automáticos disponíveis no Brasil, disponibilizados por diversas instituições nacionais e internacionais. Por meio do cruzamento destas informações, o sistema gera alertas que são disponibilizados em telas com layout amigável e em aplicativos mobile.
“De acordo com a necessidade da cidade que contrata o serviço e a parametrização que fazemos é possível inclusive determinar diferentes níveis de alertas, de pessoas ou grupos que precisam receber essas informações de acordo com a gravidade da situação. Por exemplo, a partir de um volume de chuvas o alerta vai para a Defesa Civil, em um segundo nível para secretários municiais e prefeitos etc.”, explica Manoel Ortiz, vice-presidente da Geopixel.
Para o CEO e fundador da Geopixel, Fernando Leonardi, uma das principais contribuições deste tipo de solução é permitir a coleta, integração e análise de dados geoespaciais em tempo hábil para a tomada de decisões, proporcionando uma visão mais abrangente e estratégica, bem como aumentando a segurança da população.
“Cada vez mais as ferramentas de geointeligência e monitoramento serão essenciais para a tomada de decisão e planejamento das cidades, tanto para prevenir catástrofes quanto para permitir um crescimento ordenado e ganhos de qualidade de vida para a população”, destaca Leonardi.
Uma das cidades que está utilizando o Monitor Geopixel, é Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo. Desde 2022, a prefeitura usa o sistema que fornece informações automáticas para a Coordenadoria da Defesa Civil sobre a possibilidade de eventos extremos, previsão de chuvas, tempestades, acumulado de diversas horas, índice pluviométrico, entre outras, o que orienta o órgão em suas ações.
“Períodos de fortes chuvas e mudanças climáticas bruscas aumentam nossa preocupação com as áreas de risco. Nossas equipes estão todas empenhadas em atender a população, em caso de necessidades e o monitoramento é essencial para apoiar as decisões e antever situações de risco extremo”, disse Aguilar Junior, prefeito de Caraguatatuba.
O município de São Sebastião, também do litoral norte de São Paulo, que em fevereiro de 2023, enfrentou uma tempestade que atingiu cerca de 700 mm em 24h, índice jamais registrado neste espaço de tempo, e deixou um rastro de destruição e perdas irreparáveis, também está implantando o Monitor para a prevenção de novos acidentes.
O Monitor Geopixel também pode ser aplicado no monitoramento de regiões com uma estiagem intensa ajudando na prevenção de queimadas e gerando alertas para pequenos focos de incêndio e permitindo assim uma rápida ação e um menor dano ambiental.
Segundo o vice-presidente da Geopixel, Manoel Ortiz, o sistema se baseia em modelos matemáticos que cruzam informações de mais de 20 satélites que monitoram queimadas, direção dos ventos, umidade do ar, a umidade próxima ao solo e da camada florestal, criando previsões que podem ser aplicadas na prevenção e controle de queimadas florestais, de cana de açúcar dentre outros.
O sistema ainda conta com um app mobile que pode disparar e receber alertas para a Defesa Civil, líderes comunitários e gestores municipais, permitindo assim uma rápida tomada de decisão.
“Em algumas cidades que já utilizam nosso sistema a Defesa Civil inclusive deixou de usar a prancheta e a papelada em campo, pois adotou uma versão ampliada do app que permitiu a automatização de todos os processos”, concluiu.